O Sono da Mulher
- Dra. Luísi Rabaioli
- 13 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de abr. de 2020
As diversas fases da vida da mulher e suas variações hormonais podem influenciar (e muito!) no sono. Além das características fisiológicas, o importante papel socioeconômico e estilo de vida podem aumentar a vulnerabilidade ao estresse, trazendo riscos à saúde e bem-estar. Problemas com insônia e sonolência são muito mais comuns do que em homens.
FASE REPRODUTIVA:
a má qualidade do sono pode ter relação com ciclos menstruais irregulares;
80% das mulheres sofrem com a TPM, a qual pode causar mais de 150 sintomas, entre eles sonolência ou insônia.
DURANTE GRAVIDEZ:
As mudanças hormonais e físicas podem contribuir para a baixa qualidade do sono, levando a um quadro de fragmentação do sono e sonolência excessiva.
No 1º trimestre, a elevação da progesterona pode provocar sensação de falta de ar e sonolência, com aumento de até 1h no tempo total de sono, reduzindo sua eficiência e o sono de ondas lentas;
No 2º trimestre, o problema passa a ser insônia, sono não-reparador e síndrome das pernas inquietas, o ronco também pode surgir em 15 a 20% das mulheres;
Por fim, no 3º trimestre o sono também passa a ser interrompido pelo aumento da freqüência urinária, dor lombar e dificuldade respiratória pelo grande volume abdominal. Há uma redução do sono mais profundo, tornando-o menos reparador.
NO PERÍODO PÓS-PARTO:
Nessa fase, pode haver um déficit de sono em função dos padrões diferentes entre adultos e o recém-nascido, que acorda com maior freqüência e apresenta muitas demandas. Há um aumento do sono de ondas lentas, provavelmente associado com a amamentação, visto que a prolactina é liberada nesse estágio.
APÓS A MENOPAUSA:
Maior chance de insônia e apnéia do sono, relacionadas com a diminuição dos hormônios femininos. A dificuldade para dormir, cansaço e sonolência são queixas muito comuns e também pode estar relacionadas a ansiedade e/ou depressão.
SONO E BELEZA
Já existem estudos comprovando a importância do sono para a produção de colágeno. Além disso, um sono de má qualidade aumenta a produção de radicais livres, levando a um envelhecimento precoce da pele, rugas, olheiras, pele sem brilho e ressecada.
Se você apresenta dificuldades, deve realizar uma avaliação adequada para entendermos as causas e impactos do problema. Além dos tratamentos mais específicos que serão orientados pelo médico, podemos recorrer a técnicas alternativas que também pode nos ajudar, como acupuntura, massagem, ioga e meditação.
Fique atento, dormir bem é fundamental!
Dra. Luísi Rabaioli
Otorrinolarinologista
CRM/RS 36861 | RQE 30318

Opmerkingen