Rotina de sono, o que é isso?
- Dra. Luísi Rabaioli
- 26 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Nosso organismo é muito organizado e funciona em um ritmo circadiano de sono e vigília, nos mantendo sincronizados com um dia de 24h. Nossas células possuem um relógio interno que envia sinais regulando diversas funções, como digestão, produção de hormônios e temperatura do nosso corpo.
Portanto, para que haja um equilíbrio dessas atividades, é essencial que tenhamos um horário regular para dormir e acordar, mesmo nos finais de semana. Principalmente para acordar!
Como sabemos que é hora de dormir? Através da pressão de sono, que é programada de acordo com a hora que acordamos, e vai aumentando ao longo do dia e atinge seu pico cerca de 16h após. Portanto, se acordamos muito tarde, nossa pressão de sono também ocorrerá mais tarde.
Acordar em horários muito variáveis desregula a produção de melatonina, o chamado "hormônio do sono".
A ideia de compensar o sono perdido da semana nos finais de semana não funciona! Ao contrário, será responsável pelo que chamamos de jet lag social: aquela dificuldade imensa de acordar na segunda-feira. E para reestabelecer os horários, podemos demorar até 3 dias para correr atrás do prejuízo.
Portanto, mesmo que vá dormir um pouco mais tarde, procure acordar sempre no mesmo horário.
E os cochilos? Eles são normais para bebês e idosos, mas em adultos devemos ter atenção. Eles não servem para compensar o sono perdido, mas podem ajudar numa recuperação do estado de alerta, melhorando a atenção, humor e desempenho sem interferir no sono noturno se não ultrapassarem 30 minutos e forem antes das 16h da tarde!
Existe uma tendência natural ao sono após o almoço. E os cochilos podem ser realizados também naqueles dias em que sabemos que vamos dormir mais tarde, para evitar um cansaço precoce.
Porém, em medicina devemos cuidar com as regras: nem todos se beneficiam, algumas pessoas podem perceber piora da sonolência, dor de cabeça e uma desorientação ao acordar de um sono profundo.
Então, o mais importante: precisamos conhecer nosso corpo e respeitar nossas necessidades. O que é bom pra mim nem sempre vai ser o melhor pra ti.
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